7 de junho de 2010

Qual o papel de cada um?



Adoro esse tema! Adoro porque é praticamente impossível para muitos de nós compreender que há diferenças entre homens e mulheres. E, se sim, há diferenças praticamente abismais, por que então imaginamos que na relação devemos agir tal e qual? E pior: por que será que fantasiamos ser iguais e lidar com as questões do dia a dia da mesma maneira?

Complexo? Sim, complexo. É mesmo complicado entender que sim, se somos diferentes, temos essências e necessidades diferentes. Modos de ver a vida distintos. Formas de avaliar situações especiais. A questão é que na relação, quando deixamos de lado as convenções, as regras, colocamos tudo a perder…

Então vamos lá: HOMENS E MULHERES – MARTE E VÊNUS. É! Quanto mais rápido assimilarmos o conceito, mais fácil se desenvolverão nossas relações. E como acontece a inversão no dia a dia? Das mais variadas formas. Hoje, já há uma tendência de o homem a se tornar mais vaidoso, mais feminino – no Brasil principalmente, pois somos um país de vaidosos.

Ataque
Daí achar que o homem aguenta uma mulher que vai para cima, bem, isso é outra conversa… Até aguenta, mas não sustenta… As mulheres, não preciso nem dizer – todos sabemos o quanto tiveram de se emancipar, conquistar seu lugar. É, o mundo mudou! Mas algumas coisas permanecem e, com ele, as regras e condutas dentro das relações. E, apesar disso, nos iludimos achando que sabemos de tudo e que se dane, vamos fazer ao nosso modo.

Assistimos daí a um festival, daqueles que FICAM – sem se importar com o amanhã, com o que virá depois. Eles não têm tempo de processar a informação e/ou construir qualquer relação. Ficam por aí – tolos -, achando que estão se conhecendo. Confundem a importância do processo do caminhar e vão direto ao resultado – aos finalmentes.

Diálogo
A questão é que muitos destes vão para uma união sem ao menos terem discutido se querem ou não ter filhos, se vão ou não dividir as despesas da casa, etc. Ou seja, tudo é urgente. E, por isso, não dá para saber qual o nosso papel. Pior: não sabemos nem o papel do outro, e este, por tabela, também o desconhece.

Então, fácil deduzir, em uma relação onde o homem não exerce o papel de homem e a mulher de mulher há poucas chances de sucesso. As mulheres estão mais ativas, trabalham, são independentes, donas de seu nariz. Os homens – não posso generalizar – mais muitos continuam sendo os filhos. Por isso, o que assistimos é a um descontentamento geral. Mulheres que não se sentem amadas, pois não são mesmo, e homens que não se sentem suficientemente fortes para assumir sua decisão – qualquer que seja sua conclusão sobre a relação.

De caso com a relação
As relações em parte são, por isso, movidas a mentiras, ao que se pode falar, ao que se tem força para assumir. São superficiais e, no entanto, provocam uma dor imensa – do lado mais fraco. De fato, quero crer que muitos de nós se relaciona com a relação e não com o outro. Se fizermos uma pesquisa nesse momento, vamos ver que para muitos é mais importante a relação, o ter outro para cuidar, se ocupar, do que para crescer, evoluir, construir um amor.

Nesses casos fica a dica: adote um bichinho de estimação! Treine, aprenda a dar e receber amor – depois aprenda a valorizar-se. A saber-se importante, único, íntegro. Saber exercer a essência – do feminino, do masculino -, seja para os mais jovens ou para os mais velhos, pode ser algo a ser perseguido.

Está na essência do feminino receber, acolher, ouvir, seduzir. Está na essência do masculino dar, falar, conquistar e assim por diante. Não estou dizendo que é uma coisa ou outra, mas que está na essência, ou seja, nos sentimos melhor fazendo o que nos compete. É menos cansativo, mais prazeroso, mais possível, sem esforço, sem desgaste, sem falsas esperanças.

Verdadeiramente, nós mulheres queremos ser arrebatadas por um grande amor – tanto quanto nossos valiosos cavalheiros querem nos arrebatar. Que assim seja! Os animais entendem isso e, continuam a se dar muito bem… Nós humanos, bem, nós humanos achamos que podemos tudo. A questão é: dá para sustentar? Escolhas, sempre escolhas.

(Colunista Sandra Maia)

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