31 de dezembro de 2010

Tempo bom para 2011


Neste momento de transição temporal, onde a criatura humana tem por necessidade deitar um olhar interrogativo sobre o novo ano que irá se iniciar, faz-se mister saber que o ano de 2011 será como você quiser que ele seja. Como diria o nosso amado poeta, Carlos Drummond de Andrade*, ele será bom se você o ajudá-lo a ser bom, ou seja, compete a cada um fazer o melhor a cada dia.
O novo ano se apresenta como um livro aberto ainda a ser escrito por nós, dependendo em muito de nossa criatividade, dinamismo e preparo para transformá-lo num sucesso ou não. A nossa história é feita de tempo, um segundo, um minuto, uma hora, um dia e assim segue a nossa vida. Cada ação conta quem somos, o que seremos ou queremos ser.
A nossa história também se compõe de conhecimento. Na ignorância nos perdemos de nós mesmos, seduzidos que podemos ser por atalhos que poderão nos perder ou atrasar nossa jornada. Na arrogância pensamos já saber tudo, criamos a ilusão da autosuficiência quando cada vez mais temos prova de que somos todos aprendizes da vida neste universo em constante mutação.
Amor, benevolência, humildade, solidariedade, compreensão, consciência, alegria, autenticidade, humanismo, compartilhamento, honestidade, ética, são alguns valores, princípios, virtudes ou hábitos que podemos cultivar a todo tempo e lugar. É tempo de investir no "ser" humano e espiritual, cabendo a cada um a responsabilidade de escolher e semear boas sementes, para que 2011 seja um tempo bom e pródigo em boa colheita.
Boa reflexão e viva consciente.

* Carlos Drummond de Andrade escreveu o poema "Previsão do Tempo" para 1967.

(Willes S. Geaquinto) - publicado no Recanto das Letras - 30/12/2010
http://recantodasletras.uol.com.br/artigos/2699831

21 de dezembro de 2010

Atalhos

Quanto tempo a gente perde na vida?
Se somarmos todos os minutos jogados fora, perdemos anos inteiros
Sim, depois de nascer, a gente demora pra falar, demora pra caminhar, etc.
E aí, mais tarde, demora pra entender certas coisas.
Demora, também, pra dar o braço a torcer.
Viramos adolescentes (aborrecentes) teimosos e dramáticos.
E levamos um século para aceitar o fim de uma relação. E outro século para abrir a guarda para um novo amor.
Quando, já adultos,demoramos para dizer a alguém o que sentimos,
demoramos para perdoar um amigo,
e demoramos para tomar uma decisão.
Até que um dia a gente faz aniversário, 37 ou 41 anos. Talvez 50 e tal....
Uma idade qualquer que esteja no meio do trajeto.
E só aí a gente descobre que o nosso tempo não pode continuar sendo desperdiçado.
Fazendo uma analogia com o futebol, é como se a gente estivesse com o jogo empatado, no segundo tempo, e ainda se desse ao luxo de atrasar a bola pro goleiro.
Ou fazer tabelas desnecessárias.
Quanto esbanjamento. E esquecemos que não falta muito pro jogo acabar...Sim, é preciso encontrar logo o caminho do gol.
Sem muita frescura, sem muito desgaste, sem muito discurso.
Pois tudo o que a gente quer, depois de uma certa idade, é ir direto ao assunto.
Excetuando-se no sexo, onde a rapidez não é louvada, pra todo o resto é melhor atalhar.
E isso a gente só alcança com alguma vivência e maturidade.
Pessoas experientes já não cozinham em fogo brando.
Não esperam sentadas, não ficam dando voltas e voltas.
E não necessitam percorrer todos os estágios.
Queimam etapas.
Não desperdiçam mais nada.
Uma pessoa é sempre bruta com você?
Não é obrigatório conviver com ela.
O cara está enrolando muito?
Beije-o primeiro e veja se ele, realmente, interessa e transmite algum sentimento.
A resposta do emprego ainda não veio? Procure outro enquanto espera.
Paciência só para o que importa de verdade.
Paciência para ver a tarde cair.
Paciência para degustar um cálice de vinho.
Paciência para a música e para os livros.
Paciência para escutar um amigo.
Paciência para aquilo que vale nossa dedicação.
Pra enrolação, um atalho.
O maior possível!

(Martha Medeiros)

19 de dezembro de 2010

Doce Loucura


A boca ainda úmida de um beijo
Tocou maliciosa no meu rosto
E murmurou palavras de desejo
Queimando a minha pele como fogo
Acelerou meu sangue
Me arrepiou a pele
Provocou minha mente
Despertou meus sentidos
Alucinou meu peito
Meus músculos e nervos
Na mais doce loucura
Esse amor
Sem preconceitos e receios
No calor do aconchego
Dos seus seios se fez lindo
E me fez enlouquecer
Nesse momento de prazer

(Mauricio Duboc / Carlos Colla)

Se...


Se eu pudesse parar a minha vida
E dar à eternidade um só momento,
Se eu não tivesse o meu destino preso
Ao destino das coisas no espaço...

Se eu pudesse destruir todas as leis
E dentro do universo que se move
Parar meu mundo,
Haveria de escolher esse segundo
Em que eu estivesse nos seus braços.

(Autor desconhecido)

As Baleias


Não é possivel que você suporte a barra
De olhar nos olhos do que morre em suas mãos
E ver no mar se debater o sofrimento
E até sentir-se um vencedor neste momento

Não é possivel que no fundo do seu peito
Seu coração não tenha lágrimas guardadas
Pra derramar sobre o vermelho derramado
No azul das águas que voce deixou manchadas

Seus netos vão te perguntar em poucos anos
Pelas baleias que cruzavam oceanos
Que eles viram em velhos livros
Ou nos filmes dos arquivos
Dos programas vespertinos de televisão

O gosto amargo do silêncio em sua boca
Vai te levar de volta ao mar e à fúria louca
De uma cauda exposta aos ventos
Em seus últimos momentos
Relembrada num troféu em forma de arpão

Como é possível que voce tenha coragem
De não deixar nascer a vida que se faz
Em outra vida que sem ter lugar seguro
Te pede a chance de existência no futuro

Mudar seu rumo e procurar seus sentimentos
Vai te fazer um verdadeiro vencedor
Ainda é tempo de ouvir a voz dos ventos
Numa canção que fala muito mais de amor

Seus netos vão te perguntar em poucos anos
Pelas baleias que cruzavam oceanos
Que eles viram em velhos livros
Ou nos filmes dos arquivos
Dos programas vespertinos de televisão

O gosto amargo do silêncio em sua boca
Vai te levar de volta ao mar e à furia louca
De uma cauda exposta aos ventos
Em seus últimos momentos
Relembrada num troféu em forma de arpão

(Roberto Carlos / Erasmo Carlos)

8 de novembro de 2010

Brilho no Olhar


Mês passado participei de um evento sobre as mulheres no mundo contemporâneo .
Era um bate-papo com uma platéia composta de umas 250 mulheres de todas as raças, credos e idades.
E por falar em idade, lá pelas tantas, fui questionada sobre a minha e,como não me envergonho dela, respondi.
Foi um momento inesquecível... A platéia inteira fez um 'oooohh' de descrédito.
Aí fiquei pensando: 'pô, estou neste auditório há quase uma hora exibindo minha inteligência, e a única coisa que provocou uma reação calorosa da mulherada foi o fato de eu não aparentar a idade que tenho? Onde é que nós estamos?'
Onde não sei, mas estamos correndo atrás de algo caquético chamado'juventude eterna'. Estão todos em busca da reversão do tempo.
Acho ótimo, porque decrepitude também não é meu sonho de consumo, mascirurgias estéticas não dão conta desse assunto sozinhas.
Há um outro truque que faz com que continuemos a ser chamadas desenhoritas mesmo em idade avançada.
A fonte da juventude chama-se "mudança". De fato, quem é escravo da repetição está condenado a virar cadáver antes da hora.
A única maneira de ser idoso sem envelhecer é não se opor a novoscomportamentos, é ter disposição para guinadas.
Eu pretendo morrer jovem aos 120 anos.
Mudança, o que vem a ser tal coisa?
Minha mãe recentemente mudou do apartamento enorme em que morou a vidatoda para um bem menorzinho.
Teve que vender e doar mais da metade dos móveis e tranqueiras, que havia guardado e, mesmo tendo feito isso com certa dor, ao conquistar uma vida mais compacta e simplificada, rejuvenesceu.
Uma amiga casada há 38 anos cansou das galinhagens do marido e o mandou passear, sem temer ficar sozinha aos 65 anos. Rejuvenesceu.
Uma outra cansou da pauleira urbana e trocou um baita emprego por um não tão bom, só que em Florianópolis, onde ela vai à praia sempre que tem sol. Rejuvenesceu.
Toda mudança cobra um alto preço emocional.
Antes de se tomar uma decisão difícil, e durante a tomada, chora-se muito, os questionamentos são inúmeros, a vida se desestabiliza.
Mas então chega o depois, a coisa feita, e aí a recompensa ficaescancarada na face.
Mudanças fazem milagres por nossos olhos, e é no olhar que se percebe a tal juventude eterna.
Um olhar opaco pode ser puxado e repuxado por um cirurgião a ponto de as rugas sumirem, só que continuará opaco porque não existe plástica que resgate seu brilho.
Quem dá brilho ao olhar é a vida que a gente optou por levar.
(Lya Luft)

24 de setembro de 2010

Leonardo Boff: A mídia comete sim abusos ao atacar Lula e Dilma

O que está ocorrendo já não é um enfrentamento de ideias e de interpretações e o uso legítimo da liberdade da imprensa. Está havendo um abuso da liberdade de imprensa que, na previsão de uma derrota eleitoral, decidiu mover uma guerra acirrada contra o Presidente Lula e a candidata Dilma Rousseff. Nessa guerra vale tudo: o factóide, a ocultação de fatos, a distorção e a mentira direta.
Sou profundamente pela liberdade de expressão em nome da qual fui punido com o "silêncio obsequioso" pelas autoridades do Vaticano. Sob risco de ser preso e torturado, ajudei a editora Vozes a publicar corajosamente o "Brasil Nunca Mais", onde se denunciavam as torturas, usando exclusivamente fontes militares, o que acelerou a queda do regime autoritário.Esta história de vida me avalisa fazer as críticas que ora faço ao atual enfrentamento entre o Presidente Lula e a midia comercial que reclama ser tolhida em sua liberdade. O que está ocorrendo já não é um enfrentamento de ideias e de interpretações e o uso legítimo da liberdade da imprensa. Está havendo um abuso da liberdade de imprensa que, na previsão de uma derrota eleitoral, decidiu mover uma guerra acirrada contra o Presidente Lula e a candidata Dilma Rousseff. Nessa guerra vale tudo: o factóide, a ocultação de fatos, a distorção e a mentira direta.
Precisamos dar o nome a esta mídia comercial. São famílias que, quando veem seus interesses comerciais e ideológicos contrariados, se comportam como "famiglia" mafiosa. São donos privados que pretendem falar para todo Brasil e manter sob tutela a assim chamada opinião pública. São os donos de O Estado de São Paulo, de A Folha de São Paulo, de O Globo, da revista Veja, na qual se instalou a razão cínica e o que há de mais falso e chulo da imprensa brasileira. Estes estão a serviço de um bloco histórico assentado sobre o capital que sempre explorou o povo e que não aceita um Presidente que vem desse povo. Mais que informar e fornecer material para a discusão pública, pois essa é a missão da imprensa, esta mídia empresarial se comporta como um feroz partido de oposição.
Na sua fúria, quais desesperados e inapelavelmente derrotados, seus donos, editorialistas e analistas não têm o mínimo respeito devido a mais alta autoridade do país, ao Presidente Lula. Nele veem apenas um peão a ser tratado com o chicote da palavra que humilha.
Mas há um fato que eles não conseguem digerir em seu estômago elitista. Custa-lhes aceitar que um operário, nordestino, sobrevivente da grande tribulação dos filhos da pobreza, chegasse a ser Presidente. Este lugar, a Presidência, assim pensam, cabe a eles, os ilustrados, os articulados com o mundo, embora não consigam se livrar do complexo de vira-latas, pois se sentem meramente menores e associados ao grande jogo mundial. Para eles, o lugar do peão é na fábrica produzindo.
Como o mostrou o grande historiador José Honório Rodrigues (Conciliação e Reforma), "a maioria dominante, conservadora ou liberal, foi sempre alienada, antiprogresssita, antinacional e não contemporânea. A liderança nunca se reconciliou com o povo. Nunca viu nele uma criatura de Deus, nunca o reconheceu, pois gostaria que ele fosse o que não é. Nunca viu suas virtudes, nem admirou seus serviços ao país, chamou-o de tudo -Jeca Tatu-; negou seus direitos; arrasou sua vida e logo que o viu crescer ela lhe negou, pouco a pouco, sua aprovação; conspirou para colocá-lo de novo na periferia, no lugar que contiua achando que lhe pertence (p.16)".
Pois esse é o sentido da guerra que movem contra Lula. É uma guerra contra os pobres que estão se libertando. Eles não temem o pobre submisso. Eles têm pavor do pobre que pensa, que fala, que progride e que faz uma trajetória ascedente como Lula. Trata-se, como se depreende, de uma questão de classe. Os de baixo devem ficar em baixo. Ocorre que alguém de baixo chegou lá em cima. Tornou-se o Presidente de todos os brasileiros. Isso para eles é simplesmente intolerável.
Os donos e seus aliados ideológicos perderam o pulso da história. Não se deram conta de que o Brasil mudou. Surgiram redes de movimentos sociais organizados, de onde vem Lula, e tantas outras lideranças. Não há mais lugar para coroneis e para "fazedores de cabeça" do povo. Quando Lula afirmou que "a opinião pública somos nós", frase tão distorcida por essa midia raivosa, quis enfatizar que o povo organizado e consciente arrebatou a pretensão da midia comercial de ser a formadora e a porta-voz exclusiva da opinião pública. Ela tem que renunciar à ditadura da palabra escrita, falada e televisionada e disputar com outras fontes de informação e de opinião.
O povo cansado de ser governado pelas classes dominantes resolveu votar em si mesmo. Votou em Lula como o seu representante. Uma vez no Governo, operou uma revolução conceptual, inaceitável para elas. O Estado não se fez inimigo do povo, mas o indutor de mudanças profundas que beneficiaram mais de 30 milhões de brasileiros. De miseráveis se fizeram pobres laboriosos, de pobres laboriosos se fizeram classe média baixa e de classe média baixa de fizeram classe média. Começaram a comer, a ter luz em casa, a poder mandar seus filhos para a escola, a ganhar mais salário, em fim, a melhorar de vida.
Outro conceito inovador foi o desenvolvimento com inclusão soicial e distribuição de renda. Antes havia apenas desenvolvimento/crescimento que beneficiava aos já beneficiados à custa das massas destituidas e com salários de fome. Agora ocorreu visível mobilização de classes, gerando satisfação das grandes maiorias e a esperança que tudo ainda pode ficar melhor. Concedemos que no Governo atual há um déficit de consciência e de práticas ecológicas. Mas, importa reconhecer que Lula foi fiel à sua promessa de fazer amplas políticas públicas na direção dos mais marginalizados.
O que a grande maioria almeja é manter a continuidade deste processo de melhora e de mudança. Ora, esta continuidade é perigosa para a mídia comercial que assiste, assustada, ao fortalecimento da soberania popular que se torna crítica, não mais manipulável e com vontade de ser ator dessa nova história democrática do Brasil. Vai ser uma democracia cada vez mais participativa e não apenas delegatícia. Esta abria amplo espaço à corrupção das elites e dava preponderância aos interesses das classes opulentas e ao seu braço ideológico que é a mídia comercial. A democracia participativa escuta os movimentos sociais, faz do Movimento dos Sem Terra (MST), odiado especialmente pela VEJA, que faz questão de não ver; protagonista de mudanças sociais não somente com referência à terra, mas também ao modelo econômico e às formas cooperativas de produção.
O que está em jogo neste enfrentamento entre a midia comercial e Lula/Dilma é a questão: que Brasil queremos? Aquele injusto, neocoloncial, neoglobalizado e, no fundo, retrógrado e velhista; ou o Brasil novo com sujeitos históricos novos, antes sempre mantidos à margem e agora despontando com energias novas para construir um Brasil que ainda nunca tínhamos visto antes?
Esse Brasil é combatido na pessoa do Presidente Lula e da candidata Dilma. Mas estes representam o que deve ser. E o que deve ser tem força. Irão triunfar a despeito das más vontades deste setor endurecido da midia comercial e empresarial. A vitória de Dilma dará solidez a este caminho novo ansiado e construido com suor e sangue por tantas gerações de brasileiros.
(Leonardo Boff)
Fonte: Adital

8 de julho de 2010

Estamos com fome de amor...


O que temos visto por ai ???

Baladas recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micros e transparentes. Com suas danças e poses em closes ginecológicos, cada vez mais siliconadas, corpos esculpidos por cirurgias plasticas, como se fossem ao supermercado e pedissem o corte como se quer.... mas???Chegam sozinhas e saem sozinhas...

Empresários, advogados, engenheiros, analistas, e outros mais que estudaram, estudaram, trabalharam, alcançaram sucesso profissional e, sozinhos...Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os novíssimos "personal dancer", incrível..E não é só sexo não!
Se fosse, era resolvido fácil, alguém dúvida?
Sexo se encontra nos classificados, nas esquinas, em qualquer lugar, mas apenas sexo!Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho, sem necessariamente, ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico na cama... sexo de academia.
Fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão "apenas" dormir abraçadinhos, sem se preocuparem com as posições cabalisticas...
Sabe essas coisas simples, que perdemos nessa marcha de uma evolução cega.
Pode fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção...Tornamo-nos máquinas, e agora estamos desesperados por não saber como voltar a "sentir", só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de nós...

Quem duvida do que estou dizendo, dá uma olhada nos sites de relacionamentos "ORKUT", "PAR-PERFEITO" e tantos outros, veja o número de comunidades como: "Quero um amor pra vida toda!", "Eu sou pra casar!" até a desesperançada "Nasci pra viver sozinho!"Unindo milhares, ou melhor, milhões de solitários, em meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos, plásticos, quase etéreos e inacessíveis, se olharmos as fotos de antigamente, pode ter certeza de que não são as mesmas pessoas, mulheres lindas se plastificando, se mutilando em nome da tal "beleza"...

Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento, e percebemos a cada dia mulheres e homens com cara de bonecas, sem rugas, sorriso preso e cada vez mais sozinhos....Sei que estou parecendo o solteirão infeliz, mas pelo contrário...Pra chegar a escrever essas bobagens?? (mais que verdadeiras) é preciso ter a coragem de encarar os fantasmas de frente e aceitar essa verdade de cara limpa...Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia isso é julgado como feio, démodê, brega, familias preconceituosas...

Alô gente!!! Felicidade, amor, todas essas emoções fazem-nos parecer ridículos, abobalhados...

Mas e daí? Seja ridículo, mas seja feliz e não seja frustrado..."Pague mico", saia gritando e falando o que sente, demonstre amor...Você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta mais...

Perceba aquela pessoa que passou hoje por você na rua, talvez nunca mais volte a vê-la, ou talvez a pessoa que nada tem haver com o que imaginou mas que pode ser a mulher da sua vida...E, quem sabe ali estivesse a oportunidade de um sorriso a dois...Quem disse que ser adulto é ser ranzinza ?

Um ditado tibetano diz: "Se um problema é grande demais, não pense nele... E, se ele é pequeno demais, pra quê pensar nele?"Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo, assistir desenho animado, rir de bobagens e ou ser um profissional de sucesso, que adora rir de si mesmo por ser estabanado...

O que realmente, não dá é para continuarmos achando que viver é out... ou in...Que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo, que temos que querer a nossa mulher 24 horas, maquiada, e que ela tenha que ter o corpo das frutas tão em moda, na TV, e também na playboy e nos banheiros, eu duvido que nós homens queiramos uma mulher assim para viver ao nosso lado, para ser a mãe dos nossos filhos, gostamos sim de olhar, e imaginar a gostosa, mas é só isso, as mulheres inteligentes entendem e compreendem isso.

Queira do seu lado a mulher inteligente: "Vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois, ou quem sabe os dois, vão querer pular fora, mas se eu não pedir que fique comigo, tenho certeza de que vou me arrepender pelo resto da vida"... Por que ter medo de dizer isso, por que ter medo de dizer: "amo você", "fica comigo"?

Então não se importe com a opinião dos outros, seja feliz!

(Arnaldo Jabor)

21 de junho de 2010

Presente de aniversário



Doce Flor, és um Sol irradiando beleza, amor e harmonia.
Feliz sou por ser tocado pelos pólens de tua essência.
Presenteado sou ao ter os olhos imantados de tua radiância.
Mas a comemoração é toda tua, "my personal Enya".
Que as Forças Sagradas da Vida abençoem toda a tua existência, lar, família enfim, tudo e todos que te cercam.
Que tua Luz desperte na Consciência Plena da Divindade e teus caminhos sejam sempre iluminados por Jesus e os Mestres Cósmicos.
Deus te abençoe sempre.
Beijo grande e carinhoso, de coração e alma,
Alê.
Paz Profunda...
(Alexandre Terenciano)

13 de junho de 2010

O Imperador - o novo ciclo


A palavra Imperador vem do latim imperator que quer dizer o comandante. Representa de uma forma geral o patriarcado. Em todos os sistemas, o Imperador aparece sentado.

No Tarô Egípcio ele aparece recostado num cubo dentro o qual está a figura de um gato, referência a deusa Bastet representando os poderes do sol. É o intelecto dominando as emoções.

No Tarô de Marselha está recostado num trono à espera do momento de agir. Os pés firmes no chão dão a ideia de segurança e todos eles estão coroados e carregam um cetro na mão direita.

Como dito antes é a figura do pai, daquele que fecunda toda a criação, que ampara e rege daí seus mitos serem Zeus e Xangô. É a construção dos conceitos de moral, segurança, iniciativa, auto-suficiência e responsabilidade. Representa a nossa iniciativa sendo aplicada, o trabalho e as realizações influindo em nossa emoção.

Em geral vai sempre representar a pessoa que exerce poder sobre nossa vida tanto podendo ser do sexo masculino ou feminino. É o empreendedor seguro.

11 de junho de 2010

Eu só queria entender



Ah, será que ninguém percebeu que estamos girando no mesmo lugar?
Regredindo no tempo sem saber aonde nós vamos chegar?
Maltratando a Mãe-Natureza e esse imenso altar?
Impondo a miséria no mundo em nome de um tal "bem estar"?

Eu só queria entender o porquê

Ah, será que um dia uma estrela-guia virá pra mostrar o nosso papel:
Que a vida é uma linha fininha e o homem é o seu carretel?

Eu só queria entender o porquê
Eu só queria entender o porquê

Ah, será que o sentido da vida é viver o prazer de ostentar o poder?
E depois, ao final, quando tudo acabar, o que vamos fazer?

Eu espero que o homem perceba que assim está se matando
Acabando com o mundo, sem ter, nem porque, é a razão de um insano

Eu só queria entender o porquê de viver
Eu só queria entender o porquê pra viver
Eu só queria entender o porquê pra dizer:
Eu só queria entender o porquê

(Frejat e Flávio Oliveira)

7 de junho de 2010

Qual o papel de cada um?



Adoro esse tema! Adoro porque é praticamente impossível para muitos de nós compreender que há diferenças entre homens e mulheres. E, se sim, há diferenças praticamente abismais, por que então imaginamos que na relação devemos agir tal e qual? E pior: por que será que fantasiamos ser iguais e lidar com as questões do dia a dia da mesma maneira?

Complexo? Sim, complexo. É mesmo complicado entender que sim, se somos diferentes, temos essências e necessidades diferentes. Modos de ver a vida distintos. Formas de avaliar situações especiais. A questão é que na relação, quando deixamos de lado as convenções, as regras, colocamos tudo a perder…

Então vamos lá: HOMENS E MULHERES – MARTE E VÊNUS. É! Quanto mais rápido assimilarmos o conceito, mais fácil se desenvolverão nossas relações. E como acontece a inversão no dia a dia? Das mais variadas formas. Hoje, já há uma tendência de o homem a se tornar mais vaidoso, mais feminino – no Brasil principalmente, pois somos um país de vaidosos.

Ataque
Daí achar que o homem aguenta uma mulher que vai para cima, bem, isso é outra conversa… Até aguenta, mas não sustenta… As mulheres, não preciso nem dizer – todos sabemos o quanto tiveram de se emancipar, conquistar seu lugar. É, o mundo mudou! Mas algumas coisas permanecem e, com ele, as regras e condutas dentro das relações. E, apesar disso, nos iludimos achando que sabemos de tudo e que se dane, vamos fazer ao nosso modo.

Assistimos daí a um festival, daqueles que FICAM – sem se importar com o amanhã, com o que virá depois. Eles não têm tempo de processar a informação e/ou construir qualquer relação. Ficam por aí – tolos -, achando que estão se conhecendo. Confundem a importância do processo do caminhar e vão direto ao resultado – aos finalmentes.

Diálogo
A questão é que muitos destes vão para uma união sem ao menos terem discutido se querem ou não ter filhos, se vão ou não dividir as despesas da casa, etc. Ou seja, tudo é urgente. E, por isso, não dá para saber qual o nosso papel. Pior: não sabemos nem o papel do outro, e este, por tabela, também o desconhece.

Então, fácil deduzir, em uma relação onde o homem não exerce o papel de homem e a mulher de mulher há poucas chances de sucesso. As mulheres estão mais ativas, trabalham, são independentes, donas de seu nariz. Os homens – não posso generalizar – mais muitos continuam sendo os filhos. Por isso, o que assistimos é a um descontentamento geral. Mulheres que não se sentem amadas, pois não são mesmo, e homens que não se sentem suficientemente fortes para assumir sua decisão – qualquer que seja sua conclusão sobre a relação.

De caso com a relação
As relações em parte são, por isso, movidas a mentiras, ao que se pode falar, ao que se tem força para assumir. São superficiais e, no entanto, provocam uma dor imensa – do lado mais fraco. De fato, quero crer que muitos de nós se relaciona com a relação e não com o outro. Se fizermos uma pesquisa nesse momento, vamos ver que para muitos é mais importante a relação, o ter outro para cuidar, se ocupar, do que para crescer, evoluir, construir um amor.

Nesses casos fica a dica: adote um bichinho de estimação! Treine, aprenda a dar e receber amor – depois aprenda a valorizar-se. A saber-se importante, único, íntegro. Saber exercer a essência – do feminino, do masculino -, seja para os mais jovens ou para os mais velhos, pode ser algo a ser perseguido.

Está na essência do feminino receber, acolher, ouvir, seduzir. Está na essência do masculino dar, falar, conquistar e assim por diante. Não estou dizendo que é uma coisa ou outra, mas que está na essência, ou seja, nos sentimos melhor fazendo o que nos compete. É menos cansativo, mais prazeroso, mais possível, sem esforço, sem desgaste, sem falsas esperanças.

Verdadeiramente, nós mulheres queremos ser arrebatadas por um grande amor – tanto quanto nossos valiosos cavalheiros querem nos arrebatar. Que assim seja! Os animais entendem isso e, continuam a se dar muito bem… Nós humanos, bem, nós humanos achamos que podemos tudo. A questão é: dá para sustentar? Escolhas, sempre escolhas.

(Colunista Sandra Maia)

Amigos felinos, humanos, caninos...

Amigos são como o vento...

É impossível prendê-los entre as mãos...

Eles às vezes tem outra direção,

Um caminho que não é o nosso...

Às vezes “furacão” invadindo nossas vidas...

Às vezes “brisa” acariciando a nossa alma!

As vezes perto, às vezes longe,

Mas eternamente em nosso coração!

(Colaboração do amigo L.F. Baesso)

5 de junho de 2010

Certas imagens falam por si mesmas...


Certas imagens falam por si mesmas...
Porém, cada qual tem a sua interpretação.

2 de maio de 2010

Olhe Bem



Parando um pouco com as atribulações do dia e olhando em volta, pude reparar em algo que sempre foi evidente, mas ainda não tinha me dado conta: o quanto somos todos pobres e ricos ao mesmo tempo.

Você pode pensar que não é bem assim, mas se olhar melhor verá que tenho razão. Uns, com as reservas financeiras lá no pé, invejando quem não sabe mais onde enfiar seu dinheiro e como gastá-lo, pois o excesso sempre pede por escoamento! Por sua vez, estes, também sentem inveja, pois não conseguem sentir prazer em coisas simples como o outro que com pouco tem maior satisfação! Esta balança parece desnivelada, mas não está! Ela se mantém neutralizada pela lei da polaridade, que nos mostra que tudo o que está num extremo, tem seu oposto em outro extremo. Quem está rico externamente, mostra pobreza interna e quem está rico internamente está pobre externamente. Portanto, estamos todos no mesmo barco e ninguém pode dizer que está pior ou melhor, tudo depende do ponto de vista.

Também não se defende aqui a pobreza para sentir felicidade. O que quero dizer é que quando temos dificuldades pensamos que se estivéssemos em pólo oposto estaríamos melhor, mas na verdade isto não garante felicidade, mas nos mostra que estamos em desequilíbrio e precisamos resolver o que nos falta para atingirmos o caminho do meio, a Lei, onde temos em equilíbrio os extremos. Onde riqueza externa reflete riqueza interna e isto não se refere exclusivamente a bens materiais, mas à suficiência para se integrar ao tudo e ao todo e fazer parte. Ser um que se soma, se integra, colabora com a evolução.

Parece que fomos feitos para buscar estímulo e motivo para usar sempre os recursos internos já desenvolvidos e desenvolver aqueles ainda em estado de embrião. Modificar erros de abordagem e constatar escolhas corretas. E tudo ocorre neste palco que chamamos vida.Hora pra cá, hora pra lá. O pêndulo da vida nos imprime um ritmo, que só os mais sábios sabem evitar, mas como não estamos aqui nos incluindo nesta espécie de pessoas, vamos seguindo nossa rota até alcançarmos sabedoria suficiente para sermos donos de nosso próprio destino.Voltando para a pobreza e riqueza, podemos concluir que todos somos pobres em alguma coisa e ricos em outra. Ninguém aqui pode invejar, vangloriar-se, sentir-se seguro demais ou perdido, sem saída. Cada um tem seu quinhão de sabedoria e ignorância. Os meios e as circunstâncias nos revelam o que temos para aprimorar e o que podemos usar como ferramenta para evoluir e apurar nossa função nesta coisa que chamamos sociedade, cada vez mais atrapalhada na colheita de suas próprias escolhas.

Portanto, sem perder tempo com a inveja, cada qual que levante suas mangas e trabalhe por si, para poder ser alguém melhor, pelo menos, para servir de exemplo. Já é um bom começo!

(Ala Voloshyn)

6 de abril de 2010

Coisas do Amor

Esta semana recebi um comentário muito carinhoso de um leitor que simplificava nossa vida. Ele falava da formação de um circulo virtuoso – de dar e receber – dentro de uma relação como uma troca possível e prazerosa.
A questão – afirmava ele – era só definir quem começaria com o festival de gentilezas!

Adorei! De verdade, acredito que essa é uma possibilidade quando o amor, o encontro acontece! E, então, lembrei-me da história de uma grande amiga, lá por volta de seus 60 anos – solteira. Durante sua juventude havia vivido grandes paixões.
Com um perfil daquelas que amam demais, se dedicam demais, cruzou mares para seguir seus amores e amou – amou como se não houvesse o amanhã.

Cheia de amor para dar

Agora, mais madura, estava só com seus gatinhos e cachorros… Sim, ela os tem aos montes e ama a cada um deles como se fosse um milagre! Bem, esse ser – com tanto amor para dar – não poderia terminar sozinha nessa história, certo?

Escritora de livros infanto-juvenis, ela é uma das personalidades que contribuiu e contribui para tornar o ensino da história brasileira algo divertido, gostoso. Possui diferentes livros publicados, fala três idiomas, é uma mulher atraente, deliciosamente intensa e, por que não dizer, íntegra!

Ela viveu histórias tórridas, paixões avassaladoras, amores eternos… Permitiu-se viver a cada um e, assim, ano após ano, aprendeu o que é amar. E, mais, compreendeu que o amor existe! Existiu e existe para ela indefinidamente de fato – essa chama estava lá dentro, pronta para ser acordada a qualquer momento.

E vale aqui uma observação: é incrível como tudo fica diferente na nossa vida quando, SIM, ACREDITAMOS QUE O AMOR EXISTE. QUE É PARA NÓS TAMBÉM. QUE TAMBÉM PODEMOS. QUE ESTÁ POR AÍ – BASTANDO PARA ENCONTRÁ-LO ABRIR OS OLHOS, OS OUVIDOS, OS SENTIDOS…

Saber dessa qualidade – entender que o amor está em nós – nos ajuda a querer compreender o que nos impede de dar e receber. O que nos apaga. O que nos faz encolher. E, mais, entender que sim, podemos mudar nossas crenças erradas, exercitar o amar de todas as maneiras, nos faz mais autoconfiantes.

O amor deixa tudo bonito. Ficamos mais atraentes, andamos como se estivéssemos com sapatinhos de nuvens e isso também tem lá seu charme. Atrai mais amor, mais oportunidades… Bom, voltemos a essa minha querida amiga…

Num belo dia, ela recebeu um telefonema de um amor antigo. Ele agora viúvo, a convidava para um encontro… E que encontro! Eles continuavam a alimentar um amor pelo outro – daqueles que sabemos ser para sempre… Enfim, conversa vai, conversa vem, decidiram se casar!

E então, bem, depois dessa decisão ela é só alegria. Mudou-se, levou consigo seus bichinhos todos – moram em uma área maravilhosa com espaço para cada coisa.
Continua escrevendo histórias com muito amor e pimenta. Divertindo-se até e permitindo-se a cada dia renovar sua escolha de amar e ser amado.

Inspiradora

Falamos-nos de vez em quando e é sempre uma grande alegria. Ela transborda felicidade. Irradia luz. É. Essa é uma amiga especial e sei que sua história sempre que contada traz o poder de inspirar muitos e muitos que, por algum motivo, deixaram de acreditar no amor.

O amor – saiba – não tem idade, não tem lógica, não tem impedimento. Ele acontece quando estamos ou não prontos.

Às vezes age assim – só para nos surpreender. Mostrar-nos que parte da existência está totalmente vinculada a esse sentimento que nos faz sagrados!

Fica aqui a pergunta: você ama? Sonha com seu amor? Está apaixonado? Permita-se!

(Sandra Maia)

18 de fevereiro de 2010

Só Hoje

Hoje eu preciso te encontrar de qualquer jeito
Nem que seja só pra te levar pra casa
Depois de um dia normal...
Olhar teus olhos de promessas fáceis
E te beijar a boca de um jeito que te faça rir (que te faça rir)

Hoje eu preciso te abraçar...
Sentir teu cheiro de roupa limpa...
Pra esquecer os meus anseios e dormir em paz!

Hoje eu preciso ouvir qualquer palavra tua!
Qualquer frase exagerada que me faça sentir alegria...
Em estar vivo.

Hoje eu preciso tomar um café, ouvindo você suspirar...
Me dizendo que eu sou o causador da tua insônia...
Que eu faço tudo errado sempre, sempre.

Hoje preciso de você
Com qualquer humor, com qualquer sorriso
Hoje só tua presença
Vai me deixar feliz
Só hoje

Hoje eu preciso ouvir qualquer palavra tua!
Qualquer frase exagerada que me faça sentir alegria...
Em estar vivo.

Hoje eu preciso tomar um café, ouvindo você suspirar...
Me dizendo que eu sou o causador da tua insônia...
Que eu faço tudo errado sempre, sempre.

Hoje preciso de você...
Com qualquer humor, com qualquer sorriso!
Hoje só tua presença...
Vai me deixar feliz.
Só hoje


(Jota Quest
Composição: Fernanda Mello e Rogério Flausino)